Abraços que nos falam de paz!
2018.Abril.14
Queridos AmigosHoje quero apresentar-vos o Khaled, de quem falei num artigo na Revista Broteria de Março:
"Não queria
terminar sem dar a última palavra a um destes inocentes. Pedi ao Khaled de nove
anos que me dissesse o que era para ele a guerra e a paz. Ironicamente o nome
Khaled significa aquele que é imortal. A sua resposta clara, objectiva e sem
recursos a metáforas desmontou por completo todo o meu percurso de raciocínio.
As suas palavras, porque inocentes, valem muito mais do que dissertações sábias.
Surpreso e um pouco desconfortável, Khaled para falar da guerra foi me falando de
Kasaif, dos aviões, dos sons dos bombardeamentos, das explosões, de
morte, de medo, de ódio e dos maus. Não falou dos bons, talvez porque também
ele saiba que não há bons numa guerra. Quando lhe pedi que me dissesse o que
era a paz, igualmente surpreso pelo inédito da pergunta, responde com um claro
e dilacerante: Ma baref que quer dizer “não conheço”. Não consegui dizer mais nada, abracei-o e quis
tornar o abraço imortal. Murmurei um obrigado e deixei-o seguir o seu caminho. Amanhã
volto a abraça-lo em amor, e pode ser que juntos possamos aprender a conhecer a
paz."
O Khaled é o que está à esquerda na fotografia. É difícil tirar selfies como queremos! 😊
Há dias em que parece tão longe o horizonte da paz!
Vale os abraços que nos falam de paz, onde vos coloco também!
Vale os abraços que nos falam de paz, onde vos coloco também!
Saudades,
G.
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