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Showing posts from May, 2018

Ainda que eu falasse as línguas

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Queridos Amigos Como sabem, uma das minhas batalhas diárias é a língua árabe. Não sei se por simpatia ou se é verdade, por aqui vão elogiando os meus progressos. Sinto que sim, vou progredindo mas longe do que pelo menos eu gostaria de estar. A vantagem na minha dificuldade com o árabe é o facto de ir dando cada vez mais importância à linguagem da amizade e à sintonia no "amar e servir". A celebração do Pentecostes renovou em mim a imagem dos discípulos que ficaram "cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o espírito santo lhes concedia que falassem" (Act. 2, 4) . O tempo do Ramadão para os muçulmanos, que começou agora, recorda também que um dos pilares fundamentais do islamismo é a caridade. Pela amizade e pelo "em tudo amar e servir" tenho aprendido novos vocabulários na preciosa linguagem da caridade. Se calhar também tenho trazido novas palavras. Mas sobretudo ... tenho confirmado que o amor - assim como  o silên

a propósito das reservas intocáveis de esperança

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Queridos amigos A propósito das reservas intocáveis de esperança, apresento-vos o Raian , filho da Naamat , uma das senhoras que acolhemos no nosso centro.   Para que a mãe pudesse estar descansada na actividade que se estava a propor ofereci-me para tomar conta do Raian . Não foi preciso entender ou falar árabe para que nos compreendêssemos. Uma vez mais fui levado a esse  misterioso lugar no coração, onde se encontram reservas intocáveis de esperança. Aí também vos coloco, com amizade G.

Viagem

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"Por mim, ficava calado a tentar fazer essa viagem que tu falas ao mais profundo da interioridade onde se encontram as reservas intocáveis de esperança" A frase não é minha; a viagem sim. Obrigado Carlos. Saudades a todos, G.

Como na primeira vez!

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Maio, 05. Queridos Amigos Queria mostrar-vos uma música ( Solo le  pido a Dios ) da grande Mercedes de Sosa, argentina.  Tem servido como uma espécie de hino orante que acompanha muitos dos meus dias, em que já me vou habituando ao que vejo por aqui; tanto, que às vezes parece que deixo de sentir o que senti nas primeiras vezes que vi  e que vivi! Só peço a Deus que a dor, a injustiça, a guerra, o engano não me sejam indiferentes.  Tenho pensado na força das primeiras impressões. Se é verdade que nem sempre podemos confiar nas primeiras impressões no que diz respeito às relações humanas; também creio ser verdade que quando nos tocam profundamente, devem ser o solo onde ganha raízes a percepção do que nos rodeia. Quando as primeiras impressões deitam por terra tanto (se calhar tudo) do que damos por garantido; quando nos obrigam a perguntarmo-nos "Quem é o meu próximo?"; quando nos transportam para uma inquietude desaconchegante,   talvez essas primeiras impres