Ainda que eu falasse as línguas

Queridos Amigos

Como sabem, uma das minhas batalhas diárias é a língua árabe. Não sei se por simpatia ou se é verdade, por aqui vão elogiando os meus progressos. Sinto que sim, vou progredindo mas longe do que pelo menos eu gostaria de estar.

A vantagem na minha dificuldade com o árabe é o facto de ir dando cada vez mais importância à linguagem da amizade e à sintonia no "amar e servir".

A celebração do Pentecostes renovou em mim a imagem dos discípulos que ficaram "cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o espírito santo lhes concedia que falassem" (Act. 2, 4). O tempo do Ramadão para os muçulmanos, que começou agora, recorda também que um dos pilares fundamentais do islamismo é a caridade.

Pela amizade e pelo "em tudo amar e servir" tenho aprendido novos vocabulários na preciosa linguagem da caridade. Se calhar também tenho trazido novas palavras. Mas sobretudo ... tenho confirmado que o amor - assim como  o silêncio - fala mais do que palavras.

Que essa linguagem nos enriqueça em tudo nas nossas vidas.
Com amizade,
G.

      Ouwais é Sírio, muçulmano; trabalhamos juntos e somos amigos. 


على الرغم من أنني أتكلم بألسنة الرجال والملائكة ، وليس لديهم الحب ، سيكون مثل المعدن الذي يبدو أو مثل الجرس الذي يكسو
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor,
seria como o metal que soa ou como o sino que tine.


1 Cor. 13, 1

Comments

  1. A linguagem da amizade é maravilhosa!
    Rezo por si!
    Um bj

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  2. A língua nunca será um impedimento para acolher novas amizades.
    Que o Espírito Santo o ilumine , e o ajude naquilo que faz tão bem.
    Um abraço
    tia Noémia

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